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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Maromba - Visconde de Mauá (27 a 29 de setembro de 2013) - Experiências

(por Gabriel Bertassone) 

Gosto bastante de foto-colagens, em papel mesmo ou até digitais, e sempre acompanho o trabalho de outros artistas por blogs ou pelo tumblr. Sempre tive muita vontade de pegar material e fazer alguma arte do tipo, mas sempre me faltou inspiração/tempo. Essa atividade artística foi a inspiração que faltava, e apesar de não ter ficado nada a ver com o que eu estava pensando em fazer ou com o estilo de outras colagens das quais eu gosto, gostei do resultado e da experiência em fazê-lo.
            A imagem que fiz representa minhas memórias e sensações sobre o Mandala que participei. As cabanas coloridas e agrupadas e a fogueira representam a integração e a possibilidade de criação de novos laços afetivos entre os participantes do projeto. A lua de Le voyage dans la Lunede, filme de Georges Méliès, caracterizam minha experiência com a disciplina de Audiovisual na escola. As construções de cabeça para baixo no topo da imagem mostram a oposição a qual todos sentimos, a sensação de irmos para um lugar tão afastado de nossas preocupações e a correria, tão presentes na cidade grande em que vivemos. Acampar em Maromba nos fez relaxar e aproveitar o momento que estava ali: de descontração, paz, amizade e alegria.





(por Hugo Yuji Jucá Munakata)

Suponho que o acampamento tenha um significado ímpar para cada pessoa que dele participou; para mim, serviu como parâmetro para uma reflexão acerca do modo de vida que a humanidade vem adotando.
Sonhamos com o melhor que a vida urbana pode nos oferecer, como morar no bairro que dispõe melhores equipamentos urbanos, desfrutar da alta tecnologia que a modernidade nos presenteia, e assim, adotamos um novo modelo de vida, que nos distingue da natureza e dos outros animais. O fato de podermos estar cada vez mais próximos uns dos outros nas redes sociais nos afasta das relações sociais presenciais; preferimos conversar através de mensagens de texto por puro comodismo.
Com o acampamento pude perceber o quanto pagamos para ostentar o “luxo” que tanto prezamos. Afastamo-nos do ar puro e dos mananciais para vivermos apertados nos grandes centros urbanos; ficamos surdos para os sons dos pássaros e insetos para ouvirmos as buzinas e britadeiras; ficamos cegos para o brilho dos vagalumes e da imensidão que é o céu estrelado para termos nossas casas iluminadas por luzes elétricas.
Não levanto uma bandeira radicalista que propõe um abandono definitivo das nossas vidas, até porque essa transição não se faz do dia para a noite. Todavia, estamos perdendo a noção do elo que a humanidade tem com a natureza, não podemos interferir em todo espaço, somos uma parte desse todo.
Portanto, o acampamento me ajudou a valorizar as coisas pequenas, mas essenciais, que abrimos mão, como o coletivismo, uma vida ecológica, uma vida desconectada da tecnologia e livre de stress, preocupações, inseguranças e problemas.









(por Talita França)

        Escolhi essa foto, pois para mim ela reflete bastante a vibe do mandala e do lugar onde estávamos. E em todos os dias que passamos lá todo mundo estava nessa vibe curtição e tranquila.
Experiência Mandala:
         Participar do mandala foi maravilhoso, pois pude ter a experiência de acampar e foi muito bom, o tempo demorou à passar e pude esquecer um pouco a agitação da cidade grande.
        A experiência do som da natureza foi importante para entender a proposta do mandala, o lugar também é muito maneiro e as pessoas também. Eu acho que é só isso... Há, parabéns à todos que participaram desse projeto.
        Bem, espero que no próximo mandala eu possa ir denovo, porque foi muito bom!






(por Thais Cristina)

Mandala... muito além de um acampamento!


MANDALA

      A palavra Mandala significa uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo, não podia haver um nome mais propício para esse projeto. Um projeto que nos proporciona entrar em conexão com a natureza de uma maneira simples e inovadora. Hoje percebo que essa foi sem dúvida a melhor experiência que eu pude vivenciar, pois aprendi neste acampamento a dar valor a coisas pequenas e aprendi também que não há dificuldade que não possa ser vencida.
      Vi pessoas enfrentando seus medos e achei aquilo fantástico, como um acampamento pode nos tornar mais forte? O Mandala PODE! O Mandala nos faz refletir sobre a sociedade imediatista e secularizada em que vivemos e nos faz ter vontade de mudar essa realidade, nos faz querer ser diferentes, não melhores que os outros, mas melhores que nós mesmos.
Agora só posso dizer que sinto falta daqueles momentos de paz interior, de tranquilidade, de me sentir FORTE. Por isso, tento (em vão) relembrar, reviver, “resentir”, recordar, rememorar, repassar... Enfim NÃO ESQUECER.
     Não esquecer aqueles momentos tão singulares, que fizeram com que eu me sentisse forte, especial e única, mas acima de tudo, não esquecer daqueles momentos que mostraram que sou capaz, sou capaz de passar por dificuldades, de ir além e de me superar. No Mandala aprendi que os nossos não são grandes, mas a maneira com que os encaramos é que os torna grandes ou pequenos.





(por Raphaela Lemos e Juan Salles)








Mandala 2013
(por Milena Guimarães)


O texto
A vontade
A expectativa
A boa notícia

As compras
As malas
A preparação
O dia

A cantoria
As brincadeiras
Os amigos
A viagem

A passagem
A estrada
A parada
A chegada

A barraca
O Luar
O frio
O lugar

A bebida
A comida
A conversa
O descanso

O dia
A animação
A caminhada
A cachoeira

A água fria
O arrepio
A alegria
O desafio

A pedra
O verde
A foto
O medo

O cansaço
A fome
O esporte
O sono

A fogueira
O violão
A cigarra
O trovão
O barulho do rio
O barulho da chuva
A barraca que inunda
E o dia que amanhece

A preguiça
A tristeza
A despedida
A partida

A saudade
A lembrança
O quero mais
A esperança

O aprendizado
A paz
A parceria
As companhias

O espírito coletivo
A felicidade
A responsabilidade
A fraternidade
O MANDALA!





sexta-feira, 3 de junho de 2011

Picinguaba - Praia de Prumirim (SP) - (03 a 05 de junho de 2011) - Experiências



 VERDE MAR (por João Victor de Lima Nascimento)

No cansaço dos meus olhos
E quando minha alma busca
A calma e a Serenidade,
Procuro pousar o Pensamento
No verde-mar que me rodeia:
- no verde da árvore,
da floresta
e da planta rala.
Sou, então,
A folhagem daquelas árvores
Que o vento balança e leva
Para uma viagem maravilhosa.

Minha emoção, meu pensamento
E minhas sensações,
Parece que encontram
- ao mesmo tempo -
A Serenidade da VIDA

Repouso assim, no Silêncio,
E sinto-me parte integrante
Deste verde-mar,
Que o vento transforma em ondulante
Cachoeira,
E que o Sol se encarrega de multiplicar
No verde de vários tons.
Sou assim, então
- a maior e a menor expressão
da Vida,
envolta em Serenidade.
E, se de repente, eu adormecer
O meu olhar para esta Vida,
Sei que ainda hei de sonhar
Com o verde-mar
Embalando
A suavidade do meu sono
Eterno
Na lembrança mais pura de mim mesmo













(por Raíssa Santiago)

Camping
Para alguns está imagem pode ser sem graça se comparada a de outros lugares próximos ao camping. Para mim ela foi importante e interessante porque todas às vezes que olho para ela, me recordo da sensação que tinha de manhã quando acordava e começava a andar pelo local, sensação que era de liberdade, paz e esperança.
Me sentia livre e em paz comigo mesma; mas o que realmente me toca quando vejo a foto é a sensação de esperança, ao ver aquele lugar, fosse ele de dia ou de noite, pude ver que contrário da cidade, na qual só se ouve falar em coisas negativas, ainda há lugares bonitos, que a natureza prevalece, que a tranqüilidade e o sonho de viver em um lugar aparentemente perfeito ainda pode se realizar, basta lutar e tentar fazer algo mesmo que seja mínimo para que lugares como este não venham ser destruído; e assim mais pessoas talvez com o mesmo pensamento que o meu, ao ver aquele lugar ou outros venham se fortalecer mesmo com uma coisa simples mais de uma importância com a natureza e a vida.








(por Andreza Silva Pereira)

Esta foto como todas as outras que foram tiradas, simbolizam a escolha por explorar e ter em contato com todos os ambientes naturais, utilizando todos seus mínimos detalhes mais belos e o que tinha de melhor para oferecer.

Todos os locais em que nós fizemos atividade pedagógica já nos inspiraram para elaborar tais experiências artísticas, uma vez que na minha concepção e acredito também no maior parte de meus colegas, nunca vimos paisagens tão belas. Com praias tão paradisíacas, propícias assim para excelentes recordações e belas fotos.








(por Marcos Vinícios Fernandes)

MANU

Ir ao Mandala foi um processo de muito aprendizado e diversão. Conhecemos novos amigos e fortalecemos a amizade com amigos já conhecidos. Lembramo-nos também dos amigos que não puderam ir ao Projeto (como a Manu)
Tiramos muitas fotos que permitem-nos lembrar dos momentos que lá passamos e esperamos continuar indo em próximas versões desse ótimo projeto pedagógico, o Mandala.












(por Railane Pereira Sant´ana)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Carrancas (MG) - (02 a 04 de junho de 2010) - Experiências

(por Augusto Rocha)

(por Adrielly Rego)

(por Maynara Rezende)







Acampamentos: Carrancas/MG e Pouso da Cajaíba/RJ


          Não sei muito que dizer desse acampamento, mas só sei que tudo o que passei lá, tudo o que passei em outros acampamentos vai ficar guardado sempre em minha memória, assim como o termo ' integração' que tantos falam naquela escola. Todos dizem que acampamento Mandala é pra gerar integração entre os alunos, pois é, acho que está dando certo! Antes não falava com muitos daquela escola, odiava alguns, não gostava de outros, etc., hoje tenho amigos que sei que levarei pra vida toda, graças às viagens de integração, mais especificamente os acampamentos Mandala, e outras ocasiões também. Resumo os dois acampamentos que fui, em um só texto, porque traduzir a emoção de participar de alguns acampamentos escolares, principalmente o Mandala, em muitas palavras, é difícil. Até porque, emoção não se escreve, se sente!

Carrancas (MG)

Pouso da Cajaíba

          Então, já que esse provavelmente foi meu segundo e último acampamento, agradeço aos amigos maravilhosos que tenho hoje e parabenizo aos organizadores e coordenadores do projeto Acampamentos Mandala, pelo ótimo trabalho que estão realizando. 


 Um grande abraço, Diana Teva. 








(por Gabriel Pereira)

De todas as coisas que vi na cidade de Carrancas, a que mais me impressionou foi o céu noturno, pois por mais bonita que fossem as cachoeiras ou o cenário das matas, não são algo tão marcante quanto olhar para o céu à noite, sendo que não tinha muito o que fazer no escuro e no frio mesmo, e se deslumbrado por um céu tão estrelado que até se pode questionar, há tantas estrelas assim? No Rio, pelo menos na maior parte dele, essa imagem é raríssima, até em outros lugares não tão urbanizados também, deve ser porque em Carrancas ficamos acampados, então não havia nenhuma luminosidade significativa para atrapalhar esse espetáculo. E pensar que esse mesmo céu foi aquele que trouxe mistérios e questionamentos desde os mais antigos, a milhares de anos, e que ainda continuam ali, os homens passaram, as estrelas ficaram. "Quase arromba a retina de quem vê a noite..." (sei que não fala do céu a música do Chico, mas é impressionante como cai bem aqui esse trecho).

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Pouso da Cajaíba - (18 a 20 de setembro de 2009) - Experiências


O pouso da Cajaíba (por Jean Carlos)

“Integrar”, pelo dicionário, “Tornar inteiro, completar”. Bem, posso dizer que os dias 18, 19 e 20 de setembro mostraram algo diferente, aliás, complementar a uma definição tão simplista desse verbo. A proposta de integração do Projeto Mandala trouxe, em Pouso da Cajaíba, uma nova forma de se pensar as relações hierárquicas e, principalmente, a questão da aparência.
A insistente cantoria (a qual já se deveria esperar), seguida de brincadeiras infantis, além de, para os mais calmos e introspectivos, as emblemáticas caricaturas da sociedade francesa em Bicicletas de Belleville. Assim foram as algumas horas de ônibus que se seguiram até chegarmos próximos do Pouso e então termos que seguir de barco ao nosso destino. Cada um coloca, então, sua própria bagagem nos barcos e, logo depois, seguimos nós mesmos de barco.
Chegamos ao Pouso da Cajaíba à noite e tivemos que armar nossas barracas nós mesmos. Para alguns muitos ficou a pergunta: “Mas como? Nunca nem amarrei meu tênis sozinho antes!”. Parece engraçado, mas digamos ser esta afirmação muito similar à realidade. Bem, era hora ou de aprender por meio de tentativas indeterminadas ou de pedir ajuda.
Muito bem, a ajuda pareceu mais confortável e menos trabalhosa, acredito. E a partir daí, deu-se uma maior interação entre pessoas que talvez nunca tenham se falado numa escola em que estudam, no máximo, 232 alunos de ensino médio. Sim, talvez nas dificuldades sejam percebidas as verdadeiras amizades. Clichê, mas é valido o pensamento. Pensemos também por outro lado: Caso você não peça ajuda, não vai conseguir dormir numa barraca hoje à noite. Bem, juntemos um pouco dos dois pensamentos (colocando cada um deles à medida que preferirmos) e sigamos à próxima etapa.
Barracas prontas, seguiu a maioria para a praia. Fui para a água depois que quase todos já haviam voltado para o acampamento. Não sei se foi apenas por a água estar calma (devido a menos pessoas estarem nela), ou se por sorte, mas pude ver um outro céu. Sim, pude vê-lo e tocá-lo. O plâncton brilhava na água, como as estrelas brilham no céu. Tive a impressão de nadar nas estrelas. E a fogueira na areia só deixava o momento cada vez mais inesquecível.
Dormimos. Acordamos. Fizemos Tai Chi Chuan com o professor Guto. Professor Guto?! Soa tão ruim falar dessa forma o nome dele... Sim, pois ele é simplesmente o Guto. Não deixando de lado sua profissão e seu papel de responsável naquele acampamento, mas é que tanto ele, quanto o Gregorio (Greg), a Andrea, o Thyago, o Baiano (Moyses – descobri isso há pouco tempo), o Vitor e, até mesmo, a PROFESSORA Marina conseguem seu respeito diante dos alunos não por meio de imposições dos seus cargos, mas sim pela amizade, confiança e segurança que passam a todos.
“Uma nova forma de se pensar as relações hierárquicas...” – Prefiro dizer agora: Uma forma de se entender uma amizade que, de vezes, necessita de ser hierárquica.
Depois de concentramos nossa energia para os joelhos com o Tai Chi, fomos à trilha. E que trilha! Sol à beça, subidas indefinidamente grandes, descidas escorregadias e... mãos para ajudar. O espírito de grupo (novamente com clichês. É, eu sei.) foi um fator determinante à integração das pessoas. Trilha, praia, futebol e até sumo. Depois, voltamos ao nosso acampamento.
Enfim, chega a noite e começa nosso luau. Djavan, Seu Jorge, entre outros, foram também contribuintes à interação das pessoas... A fogueira trazia um brilho especial à noite, e Seu Zé não nos deixava desanimar com seus monólogos surreais!
E o que mais se ouvia entre as pessoas, além de comentários sobre a fragrância peculiar que rolava pela praia, era que realmente não se esperava que tal pessoa fosse tão legal ou tão diferente do que se imaginava, e aí que se podia perceber o quanto a opinião se baseia na aparência e que esta, como se sabe, compõe os alicerces de indefinidos estigmas sociais como preconceitos, estereótipos, entre outros.
Enfim, podemos dizer que não foi apenas a Cajaíba que pousou, descansou e novamente levantou para seguir seu rumo. Nós também. Chegamos, sentimos a natureza, descansamos (do sentido realmente cansativo da palavra), conhecemo-nos (a nós todos e a nós mesmos) e seguimos novamente nosso destino.
Cajaíba foi realmente uma experiência que mostrou o quão importantes são as atividades inovadoras que a Escola Politécnica propõe aos seus alunos, de forma que os mesmos, além de criar um senso crítico nas salas de aula, possam ter contato com a natureza, com as atividades físicas e possam interagir em diferentes ambientes com as pessoas com quem convivem , pelo menos, 9 horas de seus dias, mudando, muitas vezes, conceitos acerca das mesmas. Que muitas viagens como essa possam ser realizadas pelos alunos da Poli e que estes aproveitem como em Cajaíba pudemos aproveitar a diversão e a reflexão do lugar.





Fotografia (Leoni/Leo Jaime) - (por Gabriela Faluzino)

Hoje o mar faz onda feito criança

Hoje o mar faz onda feito criança

Nessas horas dorme longe a lembrança

De ser feliz

Quando a tarde toma a gente nos braços

Sopra um vento que dissolve o cansaço

É o avesso do esforço que eu faço

Pra ser feliz 

O que vai ficar na fotografia


São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras, motivos


O sol passando sobre os amigos

Histórias, bebidas, sorrisos

E afeto em frente ao mar.

Quando as sombras vão ficando compridas


Enchendo a casa de silêncio e preguiça

Nessas horas é que Deus deixa pistas


Pra eu ser feliz

E quando o dia não passar de um retrato


Colorindo de saudade o meu quarto


Só aí vou ter certeza de fato

Que eu fui feliz





Pra sempre Mandala (Música de Calazans)
            Funk adaptado da música dos Mc’s Junio e Leonardo( Pra sempre Mandala)

Pamparanranpampa   Pamparanranpampa
Pamparanranpampa
Pamparanranpampa
Pamparanranpampa

MAN-DA-LAA (2x)

Tudo que o Mandala me ensinou,
Tudo que acampando eu aprendi,
Vou levar comigo a onde eu for,
Vou na humildade, sentindo o verde, ser feliz

Mesmo com tantas dificuldades
Superando numa trilha os limites, eu consegui
Só quero cantar a felicidade,
Que é ver um amigo, te ajudando a construir


Integração com as pessoas de toda parte
Trabalho coletivo, união existe aqui
Vale perceber que sozinho somos nada,
Somos todo mundo e tudo é nosso, quando vemos o outro sorrir
Por isso...

Eu souMANDALA
Eu fui
E sempre serei Mandala (2x)

Sei que na vida a chapa é quente
Mico leão morre na floresta, prá virar retrato no dinheiro do patrão
Por isso o nosso papo é diferente
Compreender que se unir e trabalhar é o começo da transformação

Montar e desmontar as barracas [Com todos juntos]
Tai- Chi, concentração, aprender o que nas escola não aprendi
Andar no mato, cair na lama, estender a tanga
Mandala, vida verde, sensibilidade que se aprende a sentir

E são tantas as lembranças das viagens
Pena não ter tempo de falar todas aqui
Mas vai um abraço na humildade
Pra todos aqueles, que quando mais precisei
Falaram: Calazans, tamos aí!

Por isso eu vou..Pro Mandala
Eu fui..
E sempre serei Mandala..(2x)





(por Jorge)






Pousando em Cajaíba (por Eduardo Lima)

Tudo parecia frio e solidão, enquanto
Navegávamos na escuridão.
A ausência de luz parecia querer
Fazer surpresa do que iríamos ver.
No balanço das águas, na sonolência que se dava
O papo zueira rolava.

E terra à vista:
Latidos de cachorro era a pista.
É hora de desembarcar,
Quando o bote vinha para nos transportar.
À luz das lanternas ligadas
As barracas foram armadas.

Já era tarde da noite, a praia era o lugar
Da galera interagir: se banhar, alimentar ou conversar.
De pés descalços alguns iam, outros vinham,
O importante era que todos riam.
Noite mais que agradável, merecida e prazerosa,
Olhos ansiosos para ver os detalhes de Cajaíba maravilhosa. .

Ao deitar, ouvindo o som das águas
Era impossível pensar em mágoas
Toda uma semana agitada esquecida
Pela calma de lá estabelecida.
E pra fechar o dia com o estômago forrado.
O jeito foi fazer miojo compartilhado.

E o dia desponta
Quando uma barraca se desmonta.
É hora de se estar de pé,
Prontos para o café.
Pela luz solar
Tiro fotos do lugar.

Coisa difícil de se encontrar;
Os passos lentos que pude desfrutar.
O Tai-Chi me acalma
E faz jus à minha alma
A trilha bota medo e deixa a galera tensa,
Mas a vista lá de cima recompensa.

Com todos em comunhão,
É só descontração.
E pra estar bem ao luar
Tomo água de coco mirando o mar.
Volto pra bagunça de barraca.
Onde amigos fofocam do Chuboca.

A noite traz a escuridão trapaceira
Fazemos luar á luz da fogueira.
E de repente vem o cheiro
Do verdadeiro brigadeiro
Pra não deixar desanimar
Seu Zé Carlos tenta cantar.

Na manhã que se segue
A tristeza me persegue.
Pois a pouco vou embora,
Mas enquanto não chega esta desagradável hora...

Alguns dão saltos no ar,
Para caírem no mar.
E aos poucos barracas vão sumindo
É o tempo se consumindo.
Enquanto isso tem quem fique dopado.
Por se encher de “Dramim” no horário errado.

O barco já está a nos esperar
Pra hora de voltar.
Uma volta especial
Pela alegria geral.
E só quem viveu pode contar,

Memórias daquele lugar.