sábado, 27 de outubro de 2018

Pinguaciba - Praia da Fazenda - SP (28 a 30 de setembro de 2018) - Experiências

A Nova Luz da Lua
                                                           Viviane Brandão Gomes de Sousa, 3a Análises

A estação de Manguinhos, minutos antes do anoitecer, tem uma visão esplêndida. É como se fosse três forças intraduzíveis se diluindo em um mesmo copo d'água: Um azul claro, singelamente puro, um amarelo alaranjado, o degradê do próprio sol e uma força escura dançando harmoniosamente entre os dois, equilibrando-os.

Essa cena é silenciosa: Cada pessoa presa em seu próprio pensamento -ou celular- não ousa interferir na beleza do momento.
É  de fato, tudo muito sereno, exceto pela lua.
É curioso como, em meio de toda pureza e tranquilidade do momento, ela parece não se encaixar.
Ela parece solitária.
Claro, também é linda -nem Van Gogh conseguiria captar a beleza do seu brilho- porém tal beleza é melancólica. Como se soubesse que, apesar de todas essas forças de cor no céu, não se encaixa. Como se, apesar de todas piadas com amigos na escola, a vacuidade do seu coração gritasse mais alto.
Ela parece solitária, de fato.

O trem chega e a magia do momento é quebrada.
No vagão, tudo é diferente. As pessoas estão cansadas: suas roupas e maquiagem, que no início do dia eram impecáveis, amarrotadas e fadando-se. A expressão quase irritada dos ambulantes ao serem ignorados pelo vagão, comprova que estão tão esgotados também.
A lua, pelo vidro riscado do trem, parece cansada.
Parece estar batalhando para conseguir manter-se brilhando, contra a força negra que domina todo céu. Porém, a força negra começa a invadi-la em um lado da esfera.
A lua tá perdendo controle.
Perdendo vontade de continuar a lutar; se entregando a maldade desse mundo, deixando o arrastá-la por aí, sugando sua força vital.
A lua já não consegue ver mais felicidade, só a rotineira derrota.

Volta e meia, acordo desesperada nas primeiras horas do dia. Depois de lidar com o estático eterno peso do meu peito, eu olho na janela.
No silêncio da madrugada, consigo pensar no que os poetas e os tolos refletiram com essa paisagem. Porém, a única coisa que consigo me perguntar é
Por que a lua ainda não desistiu?
Por que ela continua nessa infelicidade de seguir a rotina que lhe foi imposta mas que nunca lhe pertenceu. Por que ela continua a brilhar quando não há mais nenhuma luz em seu coração, apenas o incontrolável vazio.
Se ela parasse de brilhar, ela encontraria algum vestígio de luz interior?
Eu encontraria?

Um dia, porém, eu encontrei a resposta.
Eu fui acampar, com quem agora considero meus amigos, e a noite, decidi dar uma olhada no céu.
Com os pés na água, me sentido uma onda na praia, me choquei.
A lua não estava sozinha.
O céu estava cheio: De estrela, poeira estelar, com a força negra da escuridão, que agora não parecia tão cruel, só intraduzível.
Todo esse momento era intraduzível, e não tinha problema.
Talvez a lua, volta e meia, se sentisse sozinha. Talvez, volta e meia, quisesse desistir. Talvez ela só não soubesse aonde isso tudo daria. Mas não tem problema.
Enquanto a lua continuar a brilhar, tudo pode se transformar.
A lua pode acabar se sentindo completa, na companhia de estrelas.
A lua pode ver felicidade um dia.
A lua pode reabastecer sua força vital em todo amanhecer.
Tudo pode acontecer enquanto você continuar a brilhar.
E, quando você sentir que não dá para emitir luz, a lua pode brilhar por você.


“Cada onda
reflete na areia
a nova lua cheia” -Alice Ruiz
   


PS. Obrigado por ter me dado a oportunidade perceber isso. Por conta dessa experiência, o mandala sempre será uma memória inesquecível, tal como o brilhar da lua.



Desenho de Wallace Lago














  
Projeto Mandala
Escola Politécnica Joaquim Venâncio
Maria Fernanda
2 Biotecnologia
  
Talvez essa não seja uma das melhores fotos que tirei no Mandala, porém foi a única que mostra como o céu estava lindo naquele dia.


O acampamento quebra todas as suas expectativas de como será/seria. Passamos tanto tempo vivendo reféns da tecnologia e das redes sociais, que quando estamos no acampamento e percebemos que não estamos conectados a nada do mundo “exterior” é uma sensação diferente, mas boa, você não se vê na necessidade de tirar uma foto a cada passo que da, pois a paisagem é absurdamente bonita, belezas que somente ficarão na memória, então nenhuma câmera poderia capturar a essência do lugar, como a coletividade entre as pessoas, sintonia e paz. Para aqueles que nunca acamparam, como eu, é engraçado, pois assim que você aprende a montar a barraca, ou o mínimo que seja, acender o fogão, o espírito coletivo já entra em ação e você se vê ajudando aos outros com coisas que você acabou de aprender.

Talvez essa realmente não seja a melhor foto, mas me vi tão conectada ao lugar que esqueci do celular, mesmo que eu adore tirar fotos dos lugares. O mandala foi uma experiência incrível que me permitiu observar cada detalhe de cada momento no acampamento, conhecendo as pessoas que estão comigo todos os dias no mesmo ambiente, porém, que antes eu não fazia ideia que existiam ou que seriam pessoas legais. 






Amizade...
Nome:Adrielle Oliveira Turma:2°Gerência

O mandala  me mostrou outras  pessoas que  eu  nunca  imaginaria  conhecer de perto, para mim  elas eram  apenas  outras pessoas  que eu  via  no  corredor da  escola e eu  pude  com essa experiência  me  aproximar  e  ver  que  cada  pessoa tem  seu jeito e são  incríveis  por serem  únicas. Eu não sei o porque nunca me aproximei  delas  antes, imagino  que  não tenha faltado  oportunidades, mas  sempre tem  aquele  padrão de andar com  o mesmo  grupo de amigos e talvez  seja  isso que  aconteceu. O mandala  aconteceu em um   momento perfeito, quando  eu  realmente  precisava  espairecer e conhecer outras  pessoas  que não são  do  meu  grupo de amigos  e  que  me fizeram  muito  bem, tudo aconteceu  na hora  certa  e eu agradeço muito pela  oportunidade e  por ter  sido  assim tão  incrível e  necessário  para  a minha vida. 










Wanessa Beserra 2 análise 

Aiai mandala, o que foi o mandala? Foi a coisa mais incrível da minha vida, um fim de semana de paz e aprendizado.
Olhem essa foto e tentem imagina a paz que estava nesse dia nesse sol, nessa praia incrível com pessoas maravilhosas foi tudo maravilhoso e os melhora dias da minha vida.







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