Que se abram as janelas (por Mayara Veloso)
A convivência pode ser vista como uma janela. No início ela está fechada, e permanece assim por um tempo com medo de que uma pequena brecha que se abra já exponha bastante seu interior, um interior preservado até o momento que com a convivência surja também a confiança. Com o tempo a janela vai se abrindo e mostrando o que estava sendo guardado pela janela fechada. Depois de pés sujos de lama, banhos aventureiros em rios e noites frias dentro de uma barraca a convivência atinge seu auge. Neste momento a janela está aberta e não existe mais o receio de seu interior não parecer belo e interessante para o outro. A convivência permite conhecer o outro e aprender a aceitá-lo. Conversas e risadas, companheirismo e diversão, ônibus apertado e acampamento. Que a janela uma vez aberta, permaneça aberta e que o interior de todos uma vez exposto e aceito esteja sempre exposto e seja sempre aceito e que consigamos manter a harmoniosa convivência que aprendemos a estabelecer um com o outro, em um simples, porém significativo acampamento.
Chuva no quintal (por Diego Inagio)
Quintal, corre
Córrego vai pelo quintal
Cheiro doce d água, se distância da paisagem
como a nevoa do nosso comum
Traduz a vontade de
ser,
Como as cores que fundem com a chuva.
Dias e noites passam com o fim distante.
Gesto é a formula da magia,
Segundos mostram na sua força de vida
A unidade da transformação.
E aos acasos nem acredito mais não.
(por Estéfani Mattos)
Essa foto é muito significativa para mim, pois mostra o
primeiro contato da turma com o acampamento. O ato de montar as barracas foi o
nosso primeiro esforço de união e trabalho conjunto como, verdadeiramente, um
grupo. Aqui os nossos laços de cooperação e responsabilidade com todos os
integrantes do grupo se estreitaram, pois percebemos o quão importante para
cada um a ajuda do outro era, já que seria impossível sobreviver num
acampamento sem um espírito esportivo de amizade e solidariedade.
Como mostra
as foto, as condições as quais montávamos as barracas não eram as melhores:
Chovia-se muito naquele momento e a temperatura era baixa. Mas ainda assim o
grupo se mostrou pronto para agir para o bem comum de todos, se comprometendo
em montar todas as barracas e não apenas a sua. Desta forma o trabalho foi
agilizado e as dificuldades compartilhadas, facilitando o processo e finalizando o mais rápido possível. O sucesso
do trabalho coletivo foi incrível, todos nos satisfazemos e construímos o nosso
abrigo e proteção contra o frio e a chuva. Agora todos tinham sua sobrevivência
em parte garantida, a outra parte, todos, creio eu, perceberam que só seria
garantida pelo resto da nossa estadia no camping através da cooperação e do
agir em conjunto de todo o grupo. O sentimento prazeroso que sentimos ao montar
as barracas é inexplicável, o frio ou a chuva já não importavam, pois a
aventura tinha começado e sabíamos que tínhamos sempre um amigo do nosso lado
para nos ajudar.
(por Jéssica Di Chiara)
Parece uma
página da minha vida, uma situação. Imagino-me no meio da ponte, sem
escapatória. Ou eu pulo e caio, e deixo a correnteza me levar, sufocar, abafar,
estraçalhar; ou eu paro e volto, derrotada por mim mesma. Ou eu sigo em frente,
com medo – pode até ser! Mas sigo de cabeça erguida, tropeçando, aprendendo,
sobrevivendo.
É só uma cena
da minha vida.
Ela tem o peso
do passado com um presente futuro inconstante. Um futuro amedrontador, mas que
de repente não causa mais medo, porque confio em mim e nas poucas pessoas que
faço questão que me acompanhem. Ou é um futuro amedrontador, porque acredito
naquilo que imagino acreditar; faço disso a minha verdade, paro de enxergar.
É só uma
página da minha vida, desfocada vida.
(por Lara Narciso)
Tentei buscar algum lugar que
contrastando conosco, deixasse clara a integração que houve entre nós e a
natureza. Parando pra pensar, isso não seria muito complicado, pois estávamos
cercados por ela a todo o momento. Queria algo que pudesse passar, pelo menos
um pouco, a sensação de estar envolvido pelas árvores, ouvindo o correr do rio.
A sensação de estar longe dos engarrafamentos, do estresse e da overdose diária
de gás carbônico. Acho que a proposta do acampamento era exatamente essa.
Integrar-nos com um ambiente incomum. Sair da rotina de verdade. Se estou
certa, o objetivo foi alcançado e sendo assim, espero que se repita muitas
vezes ainda.
(por Luiza Travaloni)
O
jogo da humanidade
A
natureza fora esquecida há muito tempo.
Foi
trocada pela modernidade e comercializada mundo afora. Substituída pelo barulho
das cidades foi-se fazendo um jogo de faz de conta. Faz-se de conta que não
existe mais; faz-se de conta que não é necessária mais.
O
homem nasceu nessa natureza, uma natureza primitiva. Como podem ainda assim
ignorá-la?
O
“primitiva” já foi cortado de sua definição desde o começo do faz de conta. A
história vai se desenrolando, já não há mais enredo, o jogo não durará por
muito tempo e, ao passo que está, ao fim do faz de conta será cortada também a
“natureza” e junto consigo sua criação (auto) destruidora. Contraditório? É a
humanidade. A consciência pesa; se não pesou, um dia pesará. Bom seria se
pesasse neste momento, pedindo socorro, implorando por ar puro, águas limpas,
árvores nas ruas... Quem sabe, assim, o faz de conta toma outro rumo. Quem sabe
ele acaba, mas com um final mais racional e menos ambicioso, um final que
retome nossa origem, a natureza; não primitiva, mas, pelo menos, humana.
Interior
Yin-Yang
(por Gerson Moraes)
Eu bem que poderia escolher uma foto de um rio, uma foto de
uma cachoeira, uma foto da pousada, uma foto apenas minha mas eu preferi
escolher uma foto que reúna em suas dimensões o sentimento que ficou do tempo
que passou.
Nessa foto não vejo pessoas e sim heróis. Nessa foto não
vejo pessoas vejo amigos. Nessa foto não vejo pessoas vejo a felicidade em cada
rosto daqueles que acabaram de descer um rio juntos.
União. Essa seria uma grande palavra a definir toda essa
foto. União entre pessoas diferentes, mas que de sexta a domingo foram uma só
em pró do melhor aproveitamento de dias fantásticos que não voltam jamais.
Ao fundo uma bela paisagem que dá um toque especial a essa
foto. Natureza essa que aceita o homem em perfeita harmonia e que nos faz
querer voltar ao recanto visitado e maravilhado pelos olhos humanos.
(por Paula Lopes)
O contato
com a natureza me proporcionou paz, além de me fazer valorizar o que eu tenho
(uma cama macia, água quente pra tomar banho...XD) e me aproximar mais dos meus
amigos (afinal,é uma oportunidade para que sejamos amigos fora do colégio, e
não tenhamos apenas aquele contato 'profissional').
Escolhi
esta foto porque me lembro de que quando vi a paisagem, tive a sensação
de liberdade e de que era capaz de fazer o que eu quisesse. Era algo muito
bonito, natural, impossível de ser visto aqui na cidade. A gente que estava lá
que sabe como foi o sentimento. Adrenalina,liberdade,parte da natureza,contato
com os amigos e com pessoas diferentes,conhecimento maior natureza.
Música - Lumiamos (por Vitor Senna)
Contarei uma
história pra vocês
De um grupo
de jovens por volta de dezesseis
Que cansados
da rotina e ansiosos por aventura
Decidem
acampar em baixa temperatura
Amigos,
colegas e camaradas
Tenho ainda a
presença de minha amada
Todos reunidos
e com diferentes estilos
Buscando a
união e os mesmos objetivos
Entusiasmados,
empolgados, querendo diversão
Pela noite
arrumação, pela manhã reflexão
Barracas
duras, irregulares, porém aconchegantes
Para poucos isso
foi uma causa estressante
Durante a
tarde, caminhada na mata
Comida boa,
que coisa boa, e barata!
Lá pelas
tantas fomos visitar a Sana
Bate-papo,
sinuca, totó, coisa bacana
Dia seguinte,
animados com o dia
Hoje vai ter
Rafting, mas que alegria!
E de manhã,
vamos refletir de novo
“Alguma vez
já se sentiu parte de um todo?”
Chegando ao
local, por muitos, esperado
Vemos os
botes e aparatos já armados
E num tempo
chuvoso, com a água cristalina
Todos remaram
com muita adrenalina
Com gostinho
de ‘quero mais’, voltamos pro acampamento
Arrumamos as
barracas e o resto do mantimento
E alguns
momentos ficarão pra história
Para sempre contemplados em nossa memória
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